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Ageísmo: Entenda tudo sobre!

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Em algumas culturas, como na japonesa, o respeito e admiração ao idosos são elementos intrínsecos, sendo eles fontes de grande conhecimento, além de serem inspirações para seus sucessores. No entanto, não é a na maioria da culturas que podemos observar o mesmo. Muitas vezes, nós podemos observar o contrário, que é o preconceito e discriminação contra pessoas da terceira idade

O ageísmo é um termo que não existe na língua portuguesa, sendo uma expressão que vem da tradução do inglês “ageism”, que também pode ser chamado de etarismo ou discriminação etária. Nesse artigo, vamos entender melhor sobre o ageísmo, como ele impacta a sociedade e exemplos desse comportamento. Vamos lá?

O que significa ageísmo? 

O ageísmo, ou discriminação etária, é a prática de estereotipar de maneira preconceituosa uma pessoa devido à sua idade. O etarismo, como também é conhecido, pode trazer sérios impactos para a vida de um idoso, com consequências sobre a sua autoestima e podendo até mesmo reduzir a sua expectativa de vida. 

O preconceito de idade é uma forma sistêmica de opressão, mas, diferentemente de outras causas de desigualdade, como racismo, sexismo ou capacitismo, qualquer pessoa pode experimentá-lo. Embora seja universal, as pessoas nem sempre levam o preconceito de idade tão a sério quanto outras formas de desigualdade.

Consequências do ageísmo

O ageísmo não afeta apenas os indivíduos – tem consequências de longo alcance. Esses incluem:

  • Taxas mais altas de doença: o ageísmo reduz a saúde física e mental das pessoas, aumentando suas necessidades de cuidados e reduzindo a qualidade de vida à medida que envelhecem. Também está associado a comportamentos de risco, como fumar, beber e ter uma dieta pouco saudável.
  • Maior gasto com saúde: o aumento de doenças e a redução da saúde física e mental faz com que não somente as pessoas tenham que gastar mais com a saúde, como também aumenta os gastos dos cofres públicos com esse setor.
  • Dificuldades financeiras: os custos de saúde mais elevados, bem como a falta de seguro de saúde, exacerbam a pobreza. Isso pode ser especialmente difícil para pessoas aposentadas, que perderam seu parceiro ou cônjuge ou que não podem trabalhar devido à deficiência ou doença. A pobreza também piora a saúde, criando um círculo vicioso.
  • Menor expectativa de vida: o ageísmo está associado a uma morte mais precoce, causando uma diminuição na expectativa de vida de determinadas sociedades, justamente por seus efeitos na saúde física e mental dos atingidos.

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O número de adultos mais velhos no Brasil está crescendo, tornando o preconceito de idade uma questão cada vez mais importante.

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Exemplos de discriminação etária

Existem diversas maneiras de discriminar contra uma pessoa por causa da sua idade. Vamos ver agora os exemplos mais comuns para ficar de olho nessas situações e passar a evitá-las.

  • Ageísmo corporativo: alguns exemplos de preconceito de idade no local de trabalho incluem se recusar a contratar pessoas com mais ou menos uma certa idade, perguntar a idade de alguém em uma entrevista de emprego quando não for relevante para o trabalho, promulgar políticas que privilegiam injustamente uma faixa etária em detrimento de outra, ver as pessoas mais velhas como menos produtivas ou presas em seus caminhos, intimidação ou assédio, dentre outras situações.
  • Ageísmo nos relacionamentos: alguns comportamentos comuns de ageísmo nas relações interpessoais são tratar os membros da família como se fossem invisíveis, pouco inteligentes ou dispensáveis ​​com base em sua idade, fazer piadas de idade que implicam que alguém é menos valioso ou menos digno de respeito, com base em sua idade, desconsiderar as preocupações ou desejos de alguém devido à sua idade, tirar vantagem da idade de alguém para ganho pessoal, como ganhar dinheiro, usar a idade de alguém como justificativa para minar, enganar ou controlar, dentre outras.
  • Ageísmo na mídia: o ageísmo na mídia se apresenta de diversas formas e pode incluir o uso de propagandas que ridicularizam ou tem como público alvo pessoas idosas e os retratam com estereótipos, por exemplo, pessoas sem energia, com menor capacidade de compreensão, etc. Além disso, no jornalismo, o ageísmo pode se manifestar ao retratar pessoas mais velhas como em decadência. Além disso, ou que estão perdendo as suas habilidades, como por vezes aconteceu com a cantora madonna, por exemplo. Por fim, descartar a possibilidade de usar pessoas idosas como fonte por uma possível diminuição de credibilidade dos conteúdos também é uma prática ageísta comum no mundo jornalístico. 
  • Ageísmo na medicina: uma forma comum do ageísmo se manifestar na medicina é é através da conversa de bebê, que envolve falar com adultos mais velhos usando a linguagem simplificada, termos de carinho ou tom de voz rítmico que uma pessoa pode usar para uma criança. Ideias imprecisas sobre o envelhecimento também podem levar a cuidados médicos inadequados. Por exemplo, assumir que um paciente mais velho é menos independente do que realmente é pode resultar no uso desnecessário de fraldas ou repouso no leito.

Como evitar o ageísmo

Existem diversas maneiras de combater e evitar o ageísmo, algumas delas são:

  • educação pública para dissipar mitos e estereótipos e aumentar a conscientização sobre o impacto do envelhecimento;
  • intervenções intergeracionais, que criam cooperação e empatia entre as faixas etárias;
  • mudanças na lei e na política, que podem reduzir a desigualdade e a discriminação.

Esses esforços exigem o comprometimento de governos e instituições, pois são eles que detêm o maior poder para criar mudanças. Em um nível individual, as pessoas podem contribuir para esses esforços sendo aliadas da causa. A aliança envolve dedicar tempo e energia pessoal para agir contra o preconceito pela idade. Alguns exemplos são: 

  • Tornando-se consciente: reflita sobre como o preconceito de idade molda os próprios pensamentos, sentimentos e experiências de vida.
  • Aprendendo sobre o preconceito de idade: aprenda como o preconceito de idade afeta os outros ouvindo histórias pessoais, lendo livros e pesquisando sobre o assunto.
  • Desenvolvendo habilidades: aprenda e pratique habilidades pessoais contra o ageísmo, como saber quando falar e quando recuar nas situações sobre a causa.
  • Ação: coloque esse conhecimento em prática. Tente corrigir estereótipos de idade, desafiar piadas de idade ou falar contra a discriminação de idade. Lembre-se de que isso não envolve resgatar pessoas, mas apoiá-las e defendê-las em situações em que elas estão lutando para serem ouvidas.

Assim, se quiser continuar se informando sobre questões relevantes para aposentados e ter acesso aos melhores conteúdos para quem já atingiu a terceira idade, continue nos acompanhando por aqui! 

Você também pode querer saber mais sobre o que é o envelhecimento ativo e passos para conquistá-lo!

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