A economia prateada é um termo usado para descrever o setor econômico que atende às necessidades das pessoas mais velhas. Tem sido um setor em crescimento nos últimos anos, de uma maneira estrondosa, diríamos. Algumas das formas como este setor atende às pessoas mais velhas são: fornecendo-lhes empregos, moradia e assistência médica, bem como atendendo às suas necessidades em termos de tecnologia e entretenimento.
A economia prateada é um termo que se refere à atividade econômica criada por aqueles que estão aposentados ou semi-aposentados e vivem com renda fixa. A economia prateada, no geral, é um aspecto importante da economia global, pois representa uma parcela significativa dos gastos e economias dos consumidores. Por exemplo, nos Estados Unidos, mais de 40% dos lares têm pelo menos uma pessoa acima de 65 anos. Essas famílias gastam cerca de 2 trilhões de dólares anualmente.
O mesmo acontece no Brasil, com uma mudança muito forte na pirâmide etária nas últimas décadas. Apenas entre 2012 e 2021, 12,2 milhões de brasileiros ingressaram no grupo de pessoas com 60 anos ou mais. A expectativa é de que esse crescimento seja ainda mais acelerado nos próximos anos, com o maior envelhecimento da população brasileira. São mais de 37 milhões de pessoas nessa faixa.
Economia prateada: conceito e origem do termo
Economia prateada é um termo que se refere à atividade econômica de pessoas com mais de 50 anos de idade. Ela inclui tanto o trabalho remunerado quanto o não remunerado. O termo foi cunhado pelo Dr. William Strauss e Neil Howe em seu livro “Generations” de 1991: The History of America’s Future” e tem sido usado para descrever um número crescente de pessoas idosas que estão trabalhando ou se voluntariando, seja em tempo integral ou meio período, enquanto vivem independentemente em suas próprias casas.
A população global está envelhecendo, criando uma maior economia prateada demográfica a cada ano, que continuará a crescer nas próximas décadas.
Quem está inserido? E o que é a economia prateada na prática?
Bom, acho que você já entendeu: a economia prateada é o sistema econômico que se baseia nas necessidades dos idosos. Não é um conceito novo, e já existe há muito tempo. A “prata” no termo se refere a pessoas com mais de 50 anos de idade (pense nos cabelos brancos, prateados. Entendeu?) .
Nos últimos anos, a economia prateada começou a crescer rapidamente devido ao envelhecimento da população e ao aumento dos planos de aposentadoria e pensão. O conceito pode ser dividido em três categorias principais: bens, serviços e capital. Bens referem-se a produtos ou serviços que são projetados para pessoas com mais de 50 anos de idade, tais como casas de repouso ou centros de saúde. Serviços referem-se a qualquer tipo de serviço que seja projetado para pessoas com mais de 50 anos de idade, tais como lares de idosos ou instalações de vida assistida. Capital refere a investimentos e ativo financeiros.
Crescimento e oportunidades
Com o tempo, está se tornando cada vez mais óbvio que uma pirâmide demográfica invertida levará a problemas significativos. Será um desafio manter a viabilidade dos sistemas de saúde e pensão, em particular em nações onde a proporção de pessoas idosas pode até dobrar. O envelhecimento da população é um problema. É uma oportunidade, no entanto. Os idosos exigirão novos bens e serviços, o que proporcionará um novo mercado e talvez impulsionará os negócios regionais. Portanto, ao contrário das percepções negativas comuns, podemos ver que o envelhecimento também tem benefícios. A possibilidade de sua economia é uma entre elas.
Quanto a economia prateada tem crescido?
A economia prateada tem crescido a uma taxa de 3% ao ano durante a última década, e espera-se que alcance 6 trilhões de dólares até 2020. Este valor representa cerca de um quinto do PIB mundial e será maior do que o PIB da China até 2025.
Em publicação recente, Layla Vallias, cofundadora do Tsunami60+ (um estudo realizado com o público sênior consumidor), explicou que no Brasil esse mercado atinge a marca de 2 trilhões de reais por ano, representando pelo menos de 20% a 30% de qualquer mercado de consumo. No mundo, os valores chegam a 15 trilhões de dólares. É uma dinâmica de oferta e demanda muito forte, que precisa ser coberta com serviços, oportunidades de investimentos, saúde, viagens. E tudo isso num pacote de relacionamento diferenciado.
O potencial econômico dos idosos deve apoiar uma mudança cultural na percepção do envelhecimento. É bem conhecido que o declínio da capacidade mental vem com o envelhecimento. Isto é um pouco exato, pois o passar do tempo afeta os seres vivos, diminuindo seu potencial de adaptação e resposta ambiental. Não devemos, entretanto, ignorar a sabedoria, experiência e caridade que vêm com o envelhecimento. Os idosos podem permanecer ativos e ser muito úteis à sociedade; e não apenas a partir da perspectiva dos valores. Em termos puramente práticos, eles pagam impostos sobre sua renda, gastam dinheiro, e podem fazer trabalho voluntário que gera economia para o governo.
Como melhor atender à população sênior?
- É importante ter em mente que as pessoas mais velhas também utilizam as mídias sociais, que apresentam um importante potencial econômico no mundo on-line.
- Reconheça suas limitações: projete produtos para atender a essas limitações enquanto tenta oferecer aos consumidores uma experiência singular.
- Compreender suas necessidades o ajudará a administrar melhor o que a geração de prata quer, precisa e prefere.
- Evite generalizações segmentando vários perfis, pois este segmento da população é bastante diversificado e tem uma gama de exigências.
